quinta-feira, 29 de setembro de 2011
domingo, 25 de setembro de 2011
A última esperança
"[...]Porque foste em minh'alma
como um 'anoitecer'.
Porque foste
o que tinha que ser..."
(Tom Jobim)
Não é a claridade da manhã
que me seduz,
Mas os mistérios da noite,
A ausência de luz.
... Porque eu era labirinto...
Como é por dentro outra pessoa
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo.
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo.
Fernando Pessoa
E quando a sua própria alma não
lhe diz nada?
E quando se é um estrangeiro
dentro de si?
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
terça-feira, 20 de setembro de 2011
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"Só o silêncio faz rumor
no voo das borboletas."
Manoel de Barros
Assim sendo, silenciemos...
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terça-feira, 13 de setembro de 2011
Sinto saudades...
"Sinto saudades de quem não me despedi direito,
das coisas que deixei passar,
de quem não tive, mas quis muito ter."
Clarice Lispector
E como a própria Clarice disse:
"Saudade é como fome",
assim sendo,
quantas fomes nossas
jamais serão saciadas???
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Amigos
"Tenho amigos para saber quem eu sou,
pois vendo-os loucos e santos,
pois vendo-os loucos e santos,
bobos e sérios,
crianças e velhos,
nunca me esquecerei de que
nunca me esquecerei de que
a normalidade é uma ilusão estéril."
Oscar Wilde
Oscar Wilde
E posso contar todos os meus amigos
em apenas uma mão.
Ter tão poucos não me entristece,
causa-me uma profunda satisfação,
pois me servem de qualquer medida:
Loucos e santos, bobos e sérios,
crianças e velhos.
E ainda me fazem ver todos os dias
que a normalidade não existe,
assim me conformo comigo.terça-feira, 6 de setembro de 2011
Brevidade
Vejo o vácuo da escuridão da noite.
Cães ladram ao longe.
A epiderme transpira a nada.
Vazio na mais profunda cerne.
"Olhe para a vida!" - grito.
Mas o que é a vida,
senão esse breve traço
antes da morte???
Valor do silêncio
"Só entende o valor do silêncio
quem tem necessidade de calar
para não ferir alguém."
(Não sei de quem é, roubei do "face".)
Incontáveis as vezes em que se faz necessário
segurar a voz antes de libertá-la,
causando dores em outrem,
embora doa em nós
ter que devolver essa mesma voz às cordas vocais
que não a ouviram sair.
que não a ouviram sair.
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