domingo, 25 de outubro de 2020

CURA

Não me curo de mim.

Barbitúricos ou não.

Sem susto ou comoção.

Nada de importante...


Tempos duros,

Chão liso,

Tombos à espreita.


Sons de vazio.

Viver pela metade.

Ausência de planos,

Profundidade? Apenas no vácuo.

Sem vínculos, 

Sem filtros...


Falta-me pertencimento a mim,

Ao mundo, ao lar.

À deriva, em um barco que não é meu.

Marca nenhuma.


Sem respostas,

Pois faltam perguntas.