sábado, 15 de junho de 2013

Vez ou outra


Fogem-me as palavras

Para a tinta nadar no branco

Poética rompida na alma

"A pedra tornou-se a mais bruta rocha."


Deus não olha para mim.

Não gosta de poesia...


DO PERDÃO


Eu poderia ter te perdoado
Não fosse tua aparente liberdade
Ao se lançar de alturas tantas
Em busca do desconhecido.

Eu poderia ter sugado de ti
Todos os pecados imperdoáveis
Por que te embrenhastes na solidão
Com a fúria do universo.

Eu poderia, quem sabe, ter apaziguado
As tempestades que te assolam
No escuro da noite e do dia que se eclipsa
Negando-te benevolência.

Eu poderia ter te avisado dos perigos
Da infração de regras pelas quais te aventuraste.

Mas não o fiz. Não o quis fazer.
Eu poderia ter... mas não teria sido eu.

O "eu" que não perdoa é o "Eu"
Que não quer, ou não merece perdão.

12.06.13