quinta-feira, 17 de novembro de 2022

LAMENTOS

Dói-me a vida

Como um punhal cravado no ventre.

Chove em mim a vida

Como no deserto a areia quente.

A vida se tranca

Como um parto que não quer ser.

Olha a vida atenta

Como a coruja ao anoitecer.

A vida paira

Sobre as mentiras que nos contamos.

O sonho surge

Tal qual um fantasma que quer voltar ao corpo.

O pesadelo assusta, como a vida efêmera

Que não nos promete alegria nenhuma...