terça-feira, 24 de novembro de 2015

NÓ CEGO - SUBMUNDO DA HISTÓRIA

Poderia ser um só correndo em meu encalço.
Poderia estar sozinha para decidir o que fazer sozinha... 
Fugir seria ótimo!
Gritar que não queria viver aquilo seria perfeito. Desistir.
Mas não. Não pude. Não era só um correndo atrás de mim.
Havia um batalhão de homens fardados, com caras pintadas de guerra
E bem armados.
Correr só de que jeito, se atado a meu braço por uma espécie de algema
Havia alguém que nunca vi antes e que dependia de mim também para se salvar?
- Corre!!! - era o que eu podia gritar, num português maldito - Corra!!! não cabia
naquele matagal e situação. Então consegui me livrar dele e acordei com os tubos
de soro na mão desvairada. Acabara de arrancar a algema que não existia 
naquele braço cansado de dor... E consegui dar fim à angústia do meu companheiro
que tinha medo de viver...


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