Quem sou eu com você?
E nos sonhos? E no amanhecer?
Quem sou eu em família?
E à noite? E de dia?
Quem sou eu quando calo,
De indignação? E se falo?
O que sou para os amigos?
E os transeuntes? E os amantes?
Quem sou eu despido de alma?
E no súbito da raiva? E na calma?
Quem sou eu comigo?
E com você? E sem nós?
Eu não sou eu. Não só.
Eu sou muitos. Inúmeros.
Tantos, que não se acharam.
E todos os dias tornam-se pó.
Viva aos mestres tantos!!!
Mário de Sá-Carneiro, Fernando Pessoa, Mia Couto...
Nenhum comentário:
Postar um comentário