Que fazer com a desesperança...
Aquele tipo de sonho que escorre sorrateiramente entre os dedos?
Como manter a sanidade? Não há.
O que existe é o paradoxo: ser não ser.
Houve dias em que morri.
Nasci novamente na outra manhã,
Feito um zumbi sorumbático
Daqueles que nada pretendem
Além de regressar ao túmulo.
É possível voltar sem dor?
Nada do que nos chega vem sem peso.
O amor até.
Por isso, desesperança.
Dessarte, melancolia.
Portanto, vontade de fugir.
Escapar dessa vida fria.
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