De súbito
elas passam em grande número
Sob olhares
curiosos cheios de interrogações.
E foi na
passagem nervosa das andorinhas
Que entendi
a minha própria passagem.
Não com
revoada e festa coletiva
Mas com um
gosto de bílis na alma.
Voltar para
o sítio de onde saíra
Nem sempre é
encontrar seu canto.
Deveria,
pois, buscar meu canto
Em outros
espaços que não andei.
Ou em alguma
voz que nunca ouvi.
Canto de
língua estranha
Que possa
calar a vida que não se supõe vivida.
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