terça-feira, 21 de julho de 2020

SANGUE E POESIA

Não posso mudar você,
Ainda que fosse esse
O único meio para o reencontro do fim.

Sequer pude mudar a mim mesma.

Nada que é meu
Envaidece ou encanta mortais.

Há um metal cravado no peito.
Estaca que fere a cada movimento mais brusco.
Sangra. E perco subitamente o líquido.
Escorre, umedecendo a alma.

Trago o gosto amargo
Do fluido espesso avermelhado
Que mancha o corpo todo.

E sorvo, assim, todo dia o fel
Que a vida me propõe.



O que fazer quando se está perdido na vida e não se sabe o próximo ...





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