Bebamos da vida!
Nos corredores de ambas as mentes,
Entre um pensamento e outro,
Quase como uma alma
Ocupando um corpo estranho...
Assim nos habitamos.
Necessário é o agora.
Um amanhã pode não existir,
Caso o meteoro nos atinja novamente.
Eu não quero me despir de você.
Não de novo.
Preciso escrever anônima e secretamente
Algo que não vá dar pouso a outros olhos.
Sem remetente ou destinatário,
Endereço algum o receberá,
Que não seja a garrafa enterrada
no fundo do quintal.
Porque necessito falar,
E é sabido que
Tocar com palavras
É o toque mais íntimo do ser.
Entretanto, fogem-me os vocábulos.
O não dito. O reprimido. O indizível.
Calar dói mais do que falar.
Mas, não raro, é necessário.
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