domingo, 31 de agosto de 2014

SARGAÇOS SOMOS

“Tudo o que faço ou medito 
Fica sempre na metade. 
Querendo, quero o infinito. 
Fazendo, nada é verdade. 

Que nojo de mim me fica 

Ao olhar para o que faço! 
Minha alma é lúcida e rica, 
E eu sou um mar de sargaço – 

Um mar onde boiam lentos 

Fragmentos de um mar de 
além... 
Vontades ou pensamentos?
Não o sei e sei-o bem”. 

Fernando Pessoa

Acostumemo-nos, pois, ao mar de sargaço que somos
De desejos incessantes
E pensamentos inconfessáveis.



Um comentário:

  1. Adorei!!!! Somos o que somos, paradoxos.... e ainda nos achamos o máximo!!!

    Beijinhos

    ResponderExcluir