Os sinos dobram
Pela noite sangrenta e fria.
Os sinos sangram
Ao dobro de uma vida vazia.
Os sinos cantam
À missa do primeiro dia.
Os sinos avisam
Da paz que virá, tardia.
Os sinos dormem
Pelo cansaço dos bóias-frias.
Os sinos dobram
Pela morte da arte de amar.
Os sinos tendem
A cair como a noite cai no mar.
Os sinos invocam
Ao “Senhor”, hospedado no altar.
Os sinos queimam
Os ouvidos dos que estão a chorar.
Os sinos sentem
A dor, de pela morte, um sino dobrar.
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