sábado, 27 de março de 2010

Crônica sobre a crônica

                    Acabei de ler num site de crônicas, um texto escrito por uma pessoa desconhecida (Wilian  Baron),  intitulado "Por que uma igreja precisa de um jornal".
                     A escrita do rapaz mostra a indignação do mesmo em relação ao número, cada vez maior, de jornais publicados por algumas igrejas evangélicas que se fazem "bem" presentes em nossa sociedade, em que leitores são raridade. Ele acredita que as igrejas o façam para informar seus fiéis sobre os acontecimentos do mundo, a fim de que esses não sintam necessidade de buscar informações em jornais comuns vendidos nas ruas, em bancas. E por ser gratuito, o jornaleco evangélico é melhor aceito nas casas dos membros ou não-membros da igreja. Não lendo jornais, que são veiculados pelo país afora, as igrejas se beneficiam, pois os adeptos dessas religiões não ficarão sabendo das "podriqueiras" jogadas na mídia, vez ou outra, através de outros jornais.
                    Fosse só isso, seria menos prejudicial!
                    Levando-se em conta que o brasileiro é um povo que não lê muito e que prefere gastar com  coisas como celular e bebidas a fazê-lo com livros e jornais, corremos então um sério perigo de que aqueles que não são adeptos da igreja "veiculante" também se acostumem a ler esses jornais alienantes, já que os mesmos chegam às casas e comércios de todos gratuitamente. É uma forma simples de fazer com que leiamos essas informações, sem que procuremos outros meios (pagos) de informação.
                    Reside nesse detalhe o grande mal da publicação desenfreada do jornal do bem, que está a serviço de determinada igreja comercial, portanto a serviço do capital privado.