terça-feira, 15 de abril de 2014

Doce consolação...

"Mas, na admissibilidade irrestrita do perdão para os que o desejarem, está implícita a certeza de que os seres humanos tanto podem cometer quanto padecer os atos mais terríveis. E, no cristianismo, há a crença consoladora em um Deus que se fez homem para submeter-se aos piores horrores da condição. A eterna tensão entre o bem e o mal implica necessariamente a existência dos dois. Se existir um princípio supremo, seja como for, a força selvagem da sexualidade e do desejo será da natureza da criação."
Do livro: O MONSTRO (Conto de SÉRGIO SANT´ANNA, p.79). 
Para a consolação humana, existe o perdão divino que não segrega homem algum, nem pela natureza de crimes cometidos, nem por quaisquer passos em falso que se tenha dado antes do arrependimento. "O cristianismo, ao pressupor a existência do bem e do mal, ao conceber a figura radical do perdão, naturalizaria qualquer gesto repugnante praticado pelo homem".

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