segunda-feira, 5 de maio de 2014

Malogro do poeta

Por todas as noites mal dormidas,
Por todos os monstros embaixo da cama,
Obrigado.

Por todas as viagens sem ida,
Por todas as voltas sem sonhos,
Obrigado.

Por todos os gritos abafados
Por todos os silêncios doloridos,
Obrigado.

Por todos os deuses que não protegeram,
Por todos os demônios que não surgiram,
Obrigado.

Por todas as palavras que não nasceram,
Por todas as letras borradas de morte.
Obrigado.

Eu, poeta, me faço assim, com sangue e dor.

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