Victoria
Livinsgtone. Viajante no mundo.
Nasceu na
África do Sul. Morou na Inglaterra.
Sua última
morada: Estados Unidos.
Professora
de espanhol em uma universidade de lá.
Residência provisória hoje: São Paulo.
Victoria é
uma vitória para ela mesma e para os que a rodeiam.
Estuda
doutorado com intercâmbio no Brasil.
Colabora com
artigo para alguma revista online no mundo.
Vitoriosa,
essa garota. Amou o Brasil.
Entretanto
foi morar com uma brasileira nada confiável.
“Ostenta
muito. Como... Como... Gosta muito de dinheiro.”
Com seu jeito
de falar meio americanizado latinoamericano,
lamenta pela
companheira de morada.
Pela
descrição, parece que a pessoa em questão cobra por tudo.
É a legítima
brasileira do “jeitinho malandro” conhecido lá fora.
A confiança é algo que se conquista com o tempo. Ou não.
“Que triste,
Victoria!” Eu disse: “Com tantos brasileiros bons,
foi se
deparar justamente com uma pessoa dessas...”
Será que há
algo mesmo de muito comum e natural em grande parte
dos brasileiros, em querer se aproveitar das situações?
Ganhar
sempre se aproveitando de fragilidade alheia?
Vale lembrar
que nossos políticos saíram deste meio.
É assim que
se aprende. Sinto muito por isso.
“Creia,
Victoria, há muito mais gente boa do que ruim no Brasil.”
- eu disse a
ela, tentando convencer a mim também.
E ainda penso que o problema não está no brasileiro, mas na humanidade.
Ela ainda
ficará até o final do ano, mas pretende se mudar esse mês.
“Não posso
mais tolerar aquela pessoa. Impossível a convivência.
Não há
dinheiro suficiente para ela...”
Vá, Victoria.
Voe para outros sítios. Conheça pessoas boas.
Desinteressadas
do vil metal, que a acolha.
É possível que
exista. Em algum lugar existe.
O problema é
que num país conhecido lá fora pelo “jeitinho brasileiro”
de se
aproveitar, torna-se difícil confiar em alguém.
Eu, brasileira,
nascida e criada aqui sou reticente quanto ao ser humano.
Daqui e de outras paragens
Quando se
conhece muitas pessoas,
começamos a
caminhar com certa desconfiança.
Acredito mesmo que
esse tipo de gente há em todo lugar do mundo.
Como há os
bons também.
Cabe-nos
pedir ao destino que nos ajude a encontrá-los.
Quem sabe a
sorte a ajude, Victoria. Espero que sim.
E que vá embora
com essa impressão apagada da lembrança.
O bom da
memória é que ela tende a trazer os momentos bons,
suprimindo os
ruins, quando rememoramos as pessoas
com as quais
caminhamos... Tomara que eu esteja certa!
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